quinta-feira, 19 de maio de 2016

Leitura, oralidade e escrita: práticas linguísticas, sociais e pedagógicas

As práticas de leitura e escritas configuram como representações sócio discursivas de diferentes classes. A prática pedagógica faz uso de cartilhas, livros e manuais didáticos para instrumentalizar os exercícios de leitura e escrita em sala de aula. Entretanto, a escola mostra modelos de escrita, mas não consegue ensiná-los. A escola não prioriza: Quais são as condições atuais de leitura? Quem lê? Quem escreve? Para quê? Por quê?

A linguagem é uma forma de ação, que se realiza por meio do discurso, socialmente situado e partilhado. O que isso significa? Isso significa que a língua não é fruto de construção individual, descontextualizada, mas é prática social, ou seja, se realiza como ação conjunta e partilhada entre sujeitos e entre sujeito e o mundo. Sua manifestação se dá através do discurso, que se constrói em contexto social e histórico, por sujeitos reais, que usam a língua para promover diferentes ações de linguagem: convencer, contar caso, dar opinião, dar conselho, passar receitas, fazer declaração de amor, etc. Essa forma de conceber a linguagem nos é dada pela concepção sócio-interacionista e discursiva, que situa o sujeito, o contexto, e o discurso, como elementos essenciais, o que garante plasticidade e dinamicidade à língua, numa contraposição à visão objetivista de linguagem, que a concebe apenas como forma.

Nessa direção, as práticas escolares de ensino e aprendizagem, pautadas no desenvolvimento da competência para o uso da língua em gêneros, passam a ter um caráter social e funcional. E a se guiar por objetivos mais claramente definidos: aprender a escrever para reclamar direitos (carta de reclamação), aprender a ler para se informar sobre onde assistir a um filme (agenda cultural), aprender a ler para admirar uma obra (romance), aprender a “falar” para se apresentar a um emprego (entrevista), conhecer e dominar os recursos linguísticos para provocar e compreender efeitos de sentido. A escolha por um determinado gênero de texto (carta de reclamação, agenda cultural, romance, entrevista e outros), e não outro, para provocar uma determinada ação de linguagem e as formas linguísticas de codificação dessas intenções estão intimamente ligadas à capacidade do sujeito de acionar, simultaneamente, um conjunto de conhecimentos a que denominamos de capacidades de linguagem.

A linguagem proporciona ao ser humano a criação de signos, que irão auxiliá-lo em sua comunicação e expressão, porém é língua que possibilitará a realização de práticas sócio-interativas.
A língua nada mais é que um conjunto de normas e regras comuns a uma população, através da qual o ser humano poderá agir discursivamente por meio de textos orais e escritos, podendo assim transmitir seu conhecimento ao longo das gerações. 

    O letramento, em sua maioria, ainda está intimamente atrelado aos modelos tradicionalistas de ensino, os quais prezam a capacidade de formação de frases e o uso correto das normas gramaticais. Contudo, esquecem-se de observar o ambiente em que os discentes estão inseridos e sua capacidade de interpretar e montar uma estrutura narrativa coesa, mesmo que com a presença de erros gramaticais. Cabe ao professor buscar a fonte de tais erros, que muitas vezes estão relacionados à fonética e problemas de leitura e compreensão de erros. Então como fazer para mostrar aos alunos a importância da leitura e escrita?
            O educador deve mostrar aos discentes as diversas modalidades de escrita e oralidade utilizando de recursos alternativos, como por exemplo, computadores, músicas, vídeos, artigos de jornais, blogs e etc. No artigo ‘Práticas de oralidade, leitura e escrita: possibilidades e desafios no processo pedagógico a educandos em privação de liberdade’, PARRA nos mostra como identificar problemas de oralidades e escrita através de músicas de rap. A leitura aguça nosso olhar para a busca de novas soluções para o ensino.

Ao ministrarmos as disciplinas relacionadas ao ensino de língua materna devemos ter em mente aspectos semânticos, sintáticos e fonológicos, principalmente nas series iniciais, momento este em que são desenvolvidas as capacidades dos indivíduos enquanto leitor, escritor e ouvinte. Tais habilidades proporcionam a criação de uma pessoa capaz de se comunicar e interagir com o mundo que o cerca.


Um comentário:

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