Teoria pioneira em abordar conceitos
externos da língua, contextos de produção, problematizados a partir da
conversação humana, com grande potencial norteador em outros ciências oriundas
da conversação humana, psicanálise cognitiva, filosofia da linguagem,
Sociolinguística, dentre outras.
Considerando fatores da conversação
nata e factual do indivíduo atribui uma análise de forma a analisar um texto
conversacional, teoria com registros de 1980, com a obra “Análise da Conversação”,
de Luiz Antônio Marcuschi (1986/2007b).
Dentre a Etnometodologia, atribuímos a análise em 3 níveis, em uma perspectiva de interação,
objetivados em detalhes da estrutura do processo:
- Macronível (abertura e fechamento da conversa);
- Nível Médio (atos de fala e sequência conversacional);
- Micronível (estrutura sintática, lexical, fonológica e prosódica; estruturas internas da fala).
Considerando
o Texto em sua modalidade oral, em ambientes onde haja conversa. Conversações informais, sem pré-estabelecer
contextos.
Tópicos
atribuídos ao discurso: centração, organicidade e delimitação.
O tratamento dos dados orais – primeiramente, deve-se considerar o sistema de transcrição de
texto oral: as conversações naturais que servem de corpus para a AC devem ser gravadas ou
filmadas para que o analista possa observar, transcrever e comprovar seus dados
da maneira mais fiel possível. O analista pode privilegiar os aspectos
fundamentais para sua análise, mas a transcrição deve ser legível. Em função do
trabalho com textos orais, esta área possui normas de transcrição de texto
bastante específicas para atender a todas as situações. A AC analisa materiais
empíricos, orais, contextuais, incluindo realizações entonacionais e gestuais
que possam colaborar com a construção do sentido. Um outro aspecto importante
para caracterizar o perfil da Análise da Conversação é a importância conferida
também aos recursos não verbais utilizados na fala.
Paralinguagem – pequenos sons emitidos pelo
aparelho fonador que não constituem signos linguísticos, mas interferem na
significação: hm hm, shiiii, tsc tsc.
Cinésica – movimento do corpo, mãos,
gestos na conversação.
Proxêmica – proximidade / distância entre os interlocutores.
Tacêsica – uso de toque durante a conversação.
Silêncio – ausência de conversação, mas que às vezes diz mais que mil
palavras: falamos, portanto, com a voz e com o corpo.
Em um segundo momento da
Teoria (Sintetiza
a forma de transcrição)
OCORRÊNCIAS
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SINAIS
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EXEMPLIFICAÇÃO
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1. Indicação dos falantes
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Os falantes devem ser indicados em linha, com letras ou alguma
sigla convencional
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H28
M33
Doc.
Inf.
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2. Pausas
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...
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não... isso é besteira
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3. Ênfase
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MAIÚSCULA
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ela comprou um OSSO
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4. Alongamento de vogal
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: (pequeno)
:: (médio)
::: (grande)
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eu não tô querendo é dizer
que ... é: o eu fico até:: o: tempo
todo
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5. Silabação
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-
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do-minadora
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6. Interrogação
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?
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ela é contra a mulher
machista... sabia?
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7. Segmentos incompreensíveis
ou ininteligíveis
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( )
(ininteligível)
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bora gente... tenho aula... ( ) daqui
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8. Truncamento de palavras ou desvio sintático
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/
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eu pre/ pretendo comprar
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9. Comentário do transcritor
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(( ))
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M.H. ... é ((rindo))
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10. Citações
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“”
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“mai Jandira eu vô dize a
Anja agora que ela vai
apanhá a profissão de
madrinha agora mermo”
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11. Superposição de vozes
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[
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H28. é... existe... [você ( )do homem...
M33.
[pera aí... você
Acha... pera aí... pera aí
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12. Simultaneidade de vozes
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[[
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M33. [[mas eu garanto que muita coisa
H28. [[eu acho eu acho é a autoridade
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13. Ortografia
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tô,ta, vô, ahã, mhm
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Organização da conversa, de modo a
relacionar interlocutores, e conversas, núcleos de turnos, atribuições verbais
e não verbais, prosódicos, de maneira estratégica aborda claramente a
compreensão no texto falado.
Estratégia 1- negociação: central para a produção de sentidos na interação verbal dada
a sua natureza conjunta;
Estratégia 2- construção de um foco comum: na interação a base da troca é a
sintonia referencial, o interesse comum e referentes partilhados;
Estratégia 3- demonstração de (des)interesse e (não-) partilhamento: se não há
esse partilhamento a interação não progride;
Estratégia 4- existência e diversidade de expectativas: os interlocutores criam
expectativas diversas em relação um ao outro relacionadas ao contexto, às
condições em que são produzidas, conhecimento partilhado etc;
Estratégia 5- marcas de atenção: sinais enviados pelos interlocutores que demonstram
se há boa ou má sincronia na interação.
Uma ciência muito
questionada, porém atribui grandes análises em ciências diversas quanto ao
saber linguístico.
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